A Usiminas (USMI5) registrou um lucro líquido de R$ 185 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24), revertendo o prejuízo de R$ 166 milhões observado no mesmo período de 2023.
Esse desempenho foi sustentado pelo crescimento na receita líquida, que atingiu R$ 6,817 bilhões, um aumento de 2% em relação aos R$ 6,714 bilhões reportados no 3TRI23.
O EBITDA ajustado da Usiminas também mostrou uma evolução, somando R$ 426 milhões, em comparação com um EBITDA negativo de R$ 20 milhões no 3TRI23. Essa melhora elevou a margem EBITDA ajustada para 6%, ante uma margem de 0% registrada no mesmo período de 2023.
O desempenho operacional da Usiminas no segmento de aço foi robusto, com um crescimento de 10% no volume de vendas, totalizando 1,126 milhão de toneladas. Em contrapartida, o segmento de mineração registrou uma queda de 4% no volume de vendas, atingindo 2,288 milhões de toneladas.
No que se refere aos investimentos (CAPEX), a Usiminas investiu R$ 202 milhões, uma redução de 77% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
Confira abaixo os principais destaques do balanço da Usiminas:
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Usiminas: maior volume de produção desde 2019 e ganhos de eficiência impulsionam margens e reduzem custos no 3TRI24
Segundo a administração da Usiminas, as melhorias na eficiência foram possíveis, principalmente, na unidade de Siderurgia, onde o Alto-Forno #3 alcançou o maior volume de produção desde 2019.
“Essa melhor performance operacional foi o principal responsável pela queda de 3% no CPV/TON trimestre vs. ano anterior. Nessa mesma comparação apresentamos aumento de 10% atingindo 1070kt, em linha com os dados de anos anteriores que já indicavam um aumento de 6% no consumo aparente de aço dos planos no 2T24,” explicou a Usiminas.
A mineradora reforça que esse desempenho na produção e o mix de produtos também levaram ao EBITDA da Siderurgia, que alcançou R$ 375 milhões, com uma margem de 6%, melhor resultado desde o 1TRI23.
O mercado internacional de aço e a alta moderada no setor de construção civil também contribuíram para o aumento de 14% nas vendas de minério de ferro da Usiminas, com ênfase nas exportações, que mostraram crescimento apesar da pressão do mercado de aço subsidiado.
A empresa mencionou a emissão de R$ 1,8 bilhão em debêntures, com prazo de sete anos e melhores condições de spread, estratégia que visou à recomposição do perfil da dívida.
A mineradora tem uma perspectiva otimista para o quarto trimestre de 2024, com expectativa de melhora nas margens e EBITDA, impulsionada pela redução dos custos de produção e pelo fortalecimento do real.
Para isso, a Usiminas planeja ajustar o volume de exportação e continuar explorando oportunidades de eficiência operacional.
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