Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
Dividendos da Petrobras estão ameaçados?

Dividendos da Petrobras estão ameaçados?

O mês de agosto tem sido desafiador para a bolsa brasileira, mas a carteira recomendada de dividendos da equipe de análise da EQI Research já conseguiu se valorizar 0,43%, mesmo com quedas de 1,14% no Ibovespa e de 1,1% no IDIV, índice de referência para ações pagadoras de dividendos. Entre as principais mudanças em agosto, destaque para a redução do peso de Petrobras na carteira, de 20% para 15%.

Por que reduzir a exposição à Petrobras?

Segundo os analistas João Zanott e Nicolas Merola, a decisão de reduzir a participação na estatal não significa abandono da companhia, mas sim uma cautela diante de sinais de mudanças no cenário de dividendos.

A temporada recente de resultados indicou potenciais reduções no fluxo de distribuição de lucros, um pilar central para investidores focados em dividendos.

O principal fator negativo foi o preço do petróleo, que caiu de uma média de US$ 85 para cerca de US$ 65-67 por barril. A pressão nos preços é resultado de maior produção tanto pela Opep quanto pelos Estados Unidos, além de questões geopolíticas que impactam a oferta global. Esse cenário reduz a rentabilidade da Petrobras e, consequentemente, seu potencial de pagamento de dividendos.

Além disso, a companhia divulgou um fato relevante indicando a intenção de voltar a investir no setor de distribuição, anteriormente desinvestido. Historicamente, o foco em produção e extração de petróleo – seu core business mais lucrativo – foi responsável pelo alto potencial de dividendos. O retorno a investimentos em distribuição pode representar um retrocesso nesse caminho, aumentando os riscos para investidores focados em retorno por dividendos.

Publicidade
Publicidade

Petrobras: Ainda há dividendos?

Apesar das preocupações, a Petrobras continua sendo lucrativa. A produção atingiu recordes recentes, o custo de extração está sendo diluído, e os resultados operacionais continuam sólidos. A redução de peso na carteira reflete apenas uma precaução diante do risco aumentado, não a eliminação da empresa do portfólio.

Novos destaques na carteira

Para equilibrar a redução em Petrobras, a carteira aumentou o peso de Klabin, de 5% para 10%. A empresa se destaca por ser verticalmente integrada, produzindo celulose, papel e embalagens, com exposição moderada ao preço da commodity. Além disso, a Klabin possui uma das maiores produtividades florestais do mundo e atende à demanda crescente por celulose de fibra longa, utilizada em produtos de higiene como fraldas geriátricas e absorventes.

Outro destaque é a Eletrobras, que teve valorização de 9,15% após um resultado acima do esperado e o anúncio de dividendos não previstos, compensando a queda da Petrobras de 5,5%. Entre os pontos negativos, também se destacaram Lupar e Bradesco, que sofreram correções.

Quais ações compõem a Carteira Mais Dividendos da EQI Research?