A Visa (V; VISA34) divulgou seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre e ao exercício fiscal de 2025. O lucro líquido da Visa foi de US$ 5,1 bilhões, ou US$ 2,62 por ação, uma queda de 4% e 1%, respectivamente, em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já o lucro líquido não GAAP somou US$ 5,8 bilhões, ou US$ 2,98 por ação, avanços de 7% e 10% na comparação anual.
A receita líquida do trimestre foi de US$ 10,7 bilhões, alta de 12% frente ao ano anterior, impulsionada pelo aumento no volume de pagamentos, no volume transfronteiriço e nas transações processadas. Em base cambial constante, a receita cresceu 11%.
No acumulado do ano fiscal de 2025, o lucro líquido GAAP totalizou US$ 20,1 bilhões, um aumento de 2%, enquanto o lucro líquido não GAAP atingiu US$ 22,5 bilhões, avanço de 11%. A receita líquida anual foi de US$ 40 bilhões, crescendo 11% em dólares e 12% em base cambial constante.
Segundo a Visa, o resultado do trimestre foi impactado por uma provisão especial de US$ 899 milhões relacionada ao litígio multidistrital sobre taxas de intercâmbio (MDL) e outras questões legais. O balanço também incluiu ganhos de US$ 46 milhões com investimentos em participações e US$ 66 milhões com amortização de ativos intangíveis e custos de aquisição.
Lucro líquido da Visa: CEO vê desempenho resiliente
Ryan McInerney, CEO da Visa, destacou que o desempenho foi sustentado pelo consumo resiliente e pela diversificação das fontes de receita.
“No quarto trimestre, o consumo saudável dos clientes continuou impulsionando nossas receitas, que cresceram 12% e atingiram US$ 10,7 bilhões. No acumulado do ano, tivemos um desempenho sólido, reforçando a resiliência do nosso modelo de negócios diversificado”, afirmou.
O executivo ressaltou ainda que a companhia vem intensificando os investimentos em sua plataforma Visa as a Service, buscando consolidar-se como infraestrutura global de pagamentos.
“À medida que tecnologias como comércio impulsionado por IA, movimentação de dinheiro em tempo real, tokenização e stablecoins convergem para remodelar o comércio, nosso foco em inovação e desenvolvimento de produtos garante que a Visa lidere essa transformação”, completou.
Entre os indicadores operacionais, o volume de pagamentos cresceu 9% no quarto trimestre e 8% no ano fiscal. O volume transfronteiriço — excluindo transações intraeuropeias — avançou 11% no trimestre e 13% no acumulado do ano. O total de transações processadas pela companhia chegou a 67,7 bilhões, um aumento de 10% em relação a 2024.
As receitas por categoria também apresentaram crescimento robusto. A receita de serviços somou US$ 4,6 bilhões, alta de 10%, enquanto a de processamento de dados avançou 17%, para US$ 5,4 bilhões. A receita de transações internacionais cresceu 10%, alcançando US$ 3,8 bilhões, e outras receitas totalizaram US$ 1,2 bilhão, com alta de 21%. Os incentivos a clientes chegaram a US$ 4,2 bilhões, aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No quarto trimestre fiscal, a Visa distribuiu US$ 6,1 bilhões em recompras de ações e dividendos. No acumulado do ano, os retornos aos acionistas somaram US$ 22,8 bilhões. O conselho de administração aprovou ainda um aumento de 14% no dividendo trimestral, elevando-o para US$ 0,67 por ação.
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