O BTG Pactual (BPAC11) tem recomendação de compra para a CBA (CBAV3), com preço-alvo em R$ 17.
O banco de investimentos encaminhou relatório ao mercado e destaca que a companhia reportou resultados pressionados no 2TRI23.
Ainda assim, ressaltou que o resultado veio acima de suas estimativas. “O EBITDA ficou em R$ 74 milhões (-12% t/t e -88% a/a), acima de nossa estimativa de R$ 17 milhões para o trimestre devido a um desempenho do lado dos custos melhor do que o esperado”, disse.
E acrescentou que a empresa continua vendo os mercados de alumínio pressionados, e os preços oscilando perto da faixa de US$ 2.300/t. “Nesses níveis, estimamos que cerca de 40% da curva de custo global do alumínio esteja abaixo do seu custo de produção.”
O BTG não enxerga esse viés como sustentável. “Tampouco vemos uma solução fácil para a indústria no curto prazo. Embora a demanda global por alumínio permaneça fraca, a produção global continua aumentando, especialmente na China – Oferta e demanda operando com superávit”, frisou.
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BTG analisa CBA (CBAV3)
Ainda de acordo com o banco de investimentos, o metal russo agora responde por cerca de 80% dos estoques totais da LME, o que provavelmente também se tornou um overhang. “No geral, ainda é difícil (e talvez cedo?) sugerir uma recuperação dos preços do alumínio”, ressaltou.
E disse mais: “nesse cenário, a CBA vem queimando muito caixa (o FCFE estava negativo em R$ 500 milhões no trimestre), e se os preços não mostrarem um ponto de inflexão claro em breve, acreditamos que a empresa deve continuar apresentando FCFs negativos no interim – a alavancagem pode ultrapassar 10x até o final do ano.”
Na visão do banco, a CBA se tornou uma opção de compra de alumínio: se os preços subirem e as margens voltarem a níveis mais normalizados ~15-20% (vs. abaixo de 5% no trimestre), a ação tem um grande potencial de valorização; se não, pode haver ainda mais potencial de queda.
Bolsa
Por volta das 14h40 a ação CBAV3 caía 2,75%, cotada em R$ 4,96.
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