Os gastos dos americanos com Halloween devem atingir um novo recorde em 2025: US$ 13,1 bilhões, segundo a National Retail Federation. O número impressiona e reforça o peso econômico da data, que vai muito além das fantasias e dos doces.
Mesmo em meio à inflação e às tarifas de importação, o consumo segue aquecido — um reflexo direto do otimismo dos consumidores e da força do varejo norte-americano.
Os principais gastos incluem doces (US$ 3,9 bilhões), decoração (US$ 3,8 bilhões) e fantasias (US$ 3,6 bilhões), além de US$ 1,8 bilhão destinados a cartões e entretenimento.
O gasto médio por pessoa também bateu recorde, chegando a US$ 114, superando os US$ 108 de 2024. Esses números mostram que o Halloween é, hoje, um dos termômetros mais confiáveis do comportamento de consumo nos EUA.
Das raízes celtas ao império do consumo
O Halloween nasceu de antigas tradições celtas, como o festival Samhain, que marcava o fim do verão e a chegada do inverno. Com o tempo, foi incorporado ao calendário cristão como o Dia de Todos os Santos, e mais tarde se popularizou nos Estados Unidos, principalmente após a chegada dos imigrantes irlandeses no século XIX.
Hoje, a festa evoluiu para um fenômeno comercial global. O Halloween norte-americano é uma máquina de consumo: supermercados, e-commerces, parques temáticos e até franquias de alimentação criam campanhas temáticas para aproveitar o aumento no movimento.
As marcas que apostam em experiências imersivas e estratégias digitais conseguem, inclusive, fortalecer o vínculo com o público e impulsionar suas receitas sazonais.
Setores que mais lucram com o Halloween
Os gastos dos americanos com Halloween impulsionam diversos setores da economia. O varejo físico e online lidera as vendas, com gigantes como Amazon (AMZN; AMZO34), Walmart (WMT; WALM34), Target (TGT; TGTB34) e Spirit Halloween colhendo lucros expressivos.
No setor alimentício, Hershey’s (HSY; HSHY34), Mondelez (MDLZ; MDLZ34) e Mars (MARS) dominam o mercado de doces, enquanto parques como os Universal Studios atraem multidões com eventos temáticos.
A data também movimenta o e-commerce e a logística, com aumento na demanda por entregas rápidas e embalagens temáticas.
Para investidores, o desempenho dessas empresas serve como um indicador antecipado do que esperar do varejo no Natal e no quarto trimestre — o período mais lucrativo do ano.
Halloween como indicador para investidores
Mais do que uma festa divertida, o Halloween é um indicador econômico. Quando os americanos aumentam seus gastos com produtos não essenciais, isso sugere confiança no mercado e estabilidade financeira.
Em contrapartida, uma redução pode apontar para prudência e sinalizar um ciclo de desaceleração do consumo.
Empresas que capitalizam a temporada com campanhas criativas e experiências digitais ganham visibilidade, ampliam a fidelização do público e fortalecem sua marca.
Para quem investe em fundos setoriais de varejo, consumo e e-commerce, acompanhar o comportamento dos americanos gastos com Halloween pode ser uma estratégia inteligente para antecipar tendências.





