O shutdown nos Estados Unidos já se prolonga por 31 dias e acumula custos estimados em cerca de US$ 18 bilhões, segundo levantamento do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês). O país, governado pelo presidente Donald Trump, segue sem uma solução de curto prazo para o impasse orçamentário que paralisou parte do governo federal.
Até o momento, mais de 730 mil servidores públicos estão sem receber salário, enquanto outros 650 mil trabalhadores permanecem em licença não remunerada. Além disso, cerca de 4,1 mil pessoas foram dispensadas de seus cargos em meio à paralisação. O CBO alerta que o impacto financeiro pode crescer nas próximas semanas, caso o bloqueio administrativo continue.
Shutdown nos EUA afeta aeroportos e serviços públicos
A crise também atinge o setor aéreo, com aproximadamente 50 mil funcionários da administração aeroportuária e 13 mil controladores de voo trabalhando sem pagamento. A situação tem levado muitos desses profissionais a deixarem seus postos temporariamente para buscar renda em aplicativos de transporte e entregas.
A partir deste sábado (1º), início de novembro, o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) — responsável por fornecer auxílio alimentação a famílias de baixa renda — poderá suspender seus pagamentos, ampliando o impacto social da paralisação.
De acordo com o CBO, o shutdown pode causar uma redução de até 2% no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no último trimestre do ano. Além disso, o órgão estima que cerca de US$ 14 bilhões em perdas econômicas podem ser definitivos, mesmo após a normalização das atividades governamentais.
Leia também:
- Shutdown chega ao 23º dia e é o segundo maior da história
- Relatório do CPI será divulgado daqui duas semanas, apesar do shutdown
- Shutdown: Ruído político ou ameaça econômica?
- Não vai ter payroll: shutdown impede divulgação de dados de emprego
- Shutdown nos EUA é mais ruído político do que crise estrutural, avalia analista da EQI Research





