O balanço da Vale (VALE3) revelou que a mineradora registrou lucro líquido recorrente de US$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre do ano (3TRI25), tendo uma alta de 11% sobre o lucro de US$ 2,4 bilhões sobre o mesmo período do ano passado.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a empresa reportou lucro líquido de US$ 6,196 bilhões ante lucro de US$ 6,860 bilhões no mesmo período do ano passado, tendo uma queda de 10%.
Por sua vez, a receita líquida de vendas da companhia no período chegou a US$ 10,4 bilhões frente a US$ 9,5 bi em igual período do ano passado, tendo uma variação positiva de 9%. No acumulado do ano, o resultado informado foi de US$ 27,3 bilhões ante US$ 27,9 bilhões do mesmo período do ano passado, uma retração de 2%.
Já o ebitda ajustado foi de US$ 4,3 bilhões no terceiro trimestre deste ano frente a US$ 3,6 bilhões do 3TRI24, perfazendo uma alta de 21%. No acumulado deste ano, o ebitda chegou a US$ 10,8 bilhões contra US$ 11 bilhões de igual período do ano passado, tendo uma baixa de 2%.

Balanço da Vale: lucro líquido proforma sobe 78%
Enquanto isso, o lucro líquido proforma atribuído aos acionistas foi de US$ 2,744 bilhões, tendo uma elevação de 78% frente o mesmo período do ano passado, quando havia atingido US$ 1,538 bilhão. No acumulado do ano, foi de US$ 6,332 bilhões contra US$ 5,230 bilhões do acumulado dos nove meses do ano passado, tendo uma elevação de 21%.
A Vale reportou investimentos de US$ 299 milhões em projetos de crescimento no último período, valor 20% inferior ao registrado no ano anterior. A redução, de US$ 77 milhões, reflete principalmente o menor desembolso no segmento de Soluções de Minério de Ferro, com o avanço gradual das operações do projeto Capanema.
Entre os destaques, a companhia iniciou em setembro a fase de comissionamento do Segundo Forno de Onça Puma, no Pará. O novo equipamento deve acrescentar 15 mil toneladas por ano à capacidade de produção da unidade, elevando o potencial nominal para 40 mil toneladas anuais (ktpa). O projeto integra o plano da mineradora de fortalecer a produção de níquel, um metal essencial para a transição energética global.
Ainda em setembro, a Vale obteve licença de operação para atividades ligadas à mina do projeto Serra Sul +20 Mtpa, também no Pará. O empreendimento, que já atingiu 80% de avanço físico, tem início das operações previsto para o segundo semestre de 2026. Quando concluído, deverá ampliar em 20 milhões de toneladas por ano a capacidade de produção de minério de ferro da companhia na região de Carajás, consolidando o papel estratégico do complexo na cadeia global de mineração.
Os avanços reforçam a estratégia da Vale de manter a disciplina de capital e concentrar esforços em projetos de alto retorno e relevância operacional, ao mesmo tempo em que fortalece sua presença nos principais polos minerais do país.
Vale reduz estimativas de custo all-in para cobre e níquel em 2025
A Vale anunciou também uma atualização em suas projeções de custo all-in para cobre e níquel em 2025, refletindo o sólido desempenho operacional de suas operações e o impacto positivo dos preços do ouro, que vêm superando as expectativas da companhia.
Segundo o novo guidance, o custo all-in do cobre deverá variar entre US$ 1.000 e US$ 1.500 por tonelada, abaixo da faixa anterior, que era de US$ 1.500 a US$ 2.000. Já o custo all-in do níquel foi revisado para US$ 13.000 a US$ 14.000 por tonelada, ante a estimativa anterior de US$ 14.000 a US$ 15.500.
As projeções consideram uma faixa de preços do ouro entre US$ 3.500 e US$ 4.100 por onça troy no quarto trimestre de 2025, uma vez que o metal é um subproduto relevante nas operações de cobre da mineradora.
A Vale destacou que todas as demais estimativas anteriormente divulgadas permanecem inalteradas. A empresa reforçou ainda que as projeções são hipotéticas e não configuram promessa de desempenho, podendo variar conforme as condições de mercado e fatores externos ao controle da administração.
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